segunda-feira, 18 de novembro de 2013

[Resenha] As pompas de uma rainha extravagante

Autora: Jean Plaidy
Editora: Record
Ano: 2004
Tradução: Sylvio Gonçalves
Pgs: 430
Resenha:
Filha da imperatriz Maria Teresa da Áustria, a arquiduquesa Maria Antonieta ficou noiva do neto do rei da França, o delfim Luís. O que agradou bastante a imperatriz. Apesar de bem jovem, Maria Antonieta foi enviada à França, onde a cerimônia de casamento ocorreu.
Sendo tão jovem e inexperiente com intrigas da corte, Maria Antonieta se tornou um alvo fácil das mais astutas e invejosas mulheres da corte, como por exemplo, as filhas do rei e tias do delfim.
“E viajando através da França, sentada ao lado do rei, Antonieta sentiu-se tão intoxicada com os olhares de admiração do povo e de muitos homens à sua volta...” Pg. 49
A jovem Delfina, inebriada pela adoração e pressionada pelas expectativas do povo francês, logo encontrou uma forma de amenizar a tensão por não conseguir engravidar e o tédio pelos inúmeros e incessantes protocolos da corte francesa, com festas e extravagâncias caras, que a tornariam conhecida como Madame Déficit.
Mas essa imagem de frívola e consumista lhe custaria caro. O povo francês sofria com a fome, e sua revolta aumentava ainda mais ao saber dos desperdícios de sua rainha, Maria Antonieta, a austríaca que não conseguia dar a França um herdeiro para o trono.
“Assim elas vieram: damas velhas e tediosas usando suas coifas de luto, parecendo, aos olhos de Antonieta, um bando de corvos, como uma procissão de beguines funestos.” Pg. 122
Ela conheceu aquele que viria a ser seu grande amor, numa de suas escapadas de Versalhes para uma festa. Desde o momento em que o conheceu até sua morte, ele permaneceria sempre seu amado.
Após anos de casamento, graças a uma operação realizada em Luís XVI, Antonieta finalmente engravidou, e apesar de ser uma menina, o tão esperado herdeiro viria logo.
“Era demais para Axel. Ele a abraçou. Mas ele era muito mais sábio que ela. Ele recentemente viera do conflito da guerra. Ele aprendera muito sobre cobiça e crueldade, malícia e inveja...” Pg. 227
Quando a revolução estourou, com a queda da Bastilha e devido a péssimas decisões de Luís, e Versalhes foi atacada, a família real conseguiu escapar da fúria revolucionária na ocasião, mas não por muito tempo. Ao serem aprisionados pelos revolucionários numa pequena e simples mansão (pelo menos se comparada com Versalhes), houve tentativas, por parte de Luís XVI, de se agarrar ao pouco de poder que lhe restava. A  família tentou escapar, com a ajuda de Axel, e quase conseguiram chegar à Áustria, porém acabaram sendo capturados.
“Madame Royale, quieta, gentil e bonita, seria um conforto para qualquer mãe. O pequeno delfim causava-lhe alguma ansiedade.” Pg. 287
No momento em que o julgamento de Maria Antonieta e sua família estava em andamento, eles já sofriam terrivelmente, tanto no Templo quanto no Conciergerie. Ela assistiu sua família ser destruída, seus filhos serem levados para longe, onde ela sabia que enfrentariam momentos terríveis. Assistiu seu marido ser levado para a execução em público, onde ela enfrentou seu próprio fim com imensa dignidade.

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Minha Opinião:
Ótimo livro! Gostei muito da forma como foi escrito, sob o ponto de vista da própria rainha. A leitura é fácil e fluída, além de prender a atenção. Um romance histórico bem desenvolvido, com descrição de momentos marcantes da História e de personagens mundialmente conhecidos. Usando de fatos históricos, mas também da ficção, a autora mostra o que pensou, sentiu e vivenciou a rainha Maria Antonieta, desde os dias de glória até a guilhotina.

Por Favor, Comentem!!

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